Correspondência

a.v.rheinstein Copy A Akademische Vereinigung Rheinstein, fundada em 1925, é uma associação católica de alunos e antigos alunos das Instituições de Ensino Superior da cidade de Colónia. Foi uma das fundadoras, em 1957, da Aliança Santo Alberto (Albertus-Ring), que reuniu associações académicas católicas de oito países, entre as quais o Centro Académico de Democracia Cristã da Universidade de Coimbra, de que Alexandre Fradique  Morujão foi membro.

Banha de andrade CopyAntónio Alberto Banha de Andrade (1915 – 1982) licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas e doutorou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde desempenhou as funções de Diretor do Centro de Estudos Clássicos e do Gabinete de Estudos Filosóficos do Centro Universitário de Lisboa. Publicou diversos estudos nas áreas da História, Filosofia e Cultura Portuguesa. Dirigiu, juntamente com Maria Manuela Saraiva, a revista Filosofia, do Centro de Estudos Escolásticos.

Arnaldo de Miranda Barbosa (1916 – 1973) nasceu em Espinho, em 1916, e faleceu em Coimbra, no ano de 1973. Foi professor catedrático de Filosofia e Diretor do Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, de que também foi Vice-reitor. Destacam-se as suas lições sobre Teoria do Conhecimento e as investigações sobre Descartes, Kant e Husserl e sobre os neoescolásticos portugueses, particularmente Pedro da Fonseca (1528-1559).

Aurélio Alberto da Costa Peixoto Pais Tavares licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da  Universidade de Coimbra, em 1951. Foi  Leitor de Português na Universidade de Colónia. De regresso a Portugal, foi professor do liceu e diretor da Escola Industrial de Penafiel (1962 - 1974) e da Escola Preparatória Paio Ramires (1968 - 1974). Foi Presidente do Círculo Cultural Penafidelense. Publicou vários ensaios na área da filolologia e obras de poesia. Em 1980, foi-lhe atribuída a Comenda da Ordem de Santiago e Espada. Faleceu em 1981.

Diamantino Martins (1910 - 1979) ingressou na Companhia de Jesus em 1927. Licenciou-se em Filosofia em França, em 1934. Doutorou-se em Filosofia pela Universidade de Sarrià (Barcelona) em 1943, com a dissertação Bergson: a Intuição como Método na Metafísica. Foi, desde 1934, professor do Instituto Beato Miguel de Carvalho que, em 1942, se viria a converter em Faculdade Pontíficia e, em 1967, na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa. Publicou, entre outros livros e artigos, O Existencialismo (1995), O Problema de Deus (1957), Teoria do Conhecimento (1957), Mistério do Homem (1961) e Filosofia da Plenitude (1966).

Dieter Woll (1933 - 2012) estudou Filologia em Freiburg e Bona. Foi Leitor de Alemão em Coimbra entre 1957 e 1959. Doutorou-se em 1960, pela Universidade de Bona, com a tese Wirklichkeit und Idealität in der Lyrik Mário de Sá-Carneiros (a tradução portuguesa foi publicada em 1968, sob o título Realidade e Idealidade na Lírica de Sá-Carneiro). Na década de sessenta, foi bolseiro e professor da Universidade de Brasília. Regressou à Alemanha, onde foi professor de Filologia Românica nas Universidades de Tübingen, entre 1971 e 1977, Heidelberg, entre 1977 e 1982, e Marburg, entre 1982 e 1998. Publicou diversos estudos sobre a língua portuguesa e as literaturas portuguesa e brasileira.

gustavo-de-fragaGustavo de Fraga (1922 – 2003) cursou Ciências Históricas e Filosóficas nas universidades de Lisboa e Coimbra e licenciou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a dissertação Sobre o Objecto da Metafísica: Francisco Suarez (1952). Foi Leitor de Português na Universidade de Bona (1954-57) e bolseiro na Sorbonne (1957-58) e na Universidade de Friburgo (1959-60). Em 1960 assumiu o lugar de assistente na Universidade de Coimbra (Faculdade de Letras). Doutorou-se em filosofia, em 1967, com a dissertação De Husserl a Heidegger: Elementos para uma Problemática da Fenomenologia. Ascendeu à categoria de professor extraordinário a 08.05.1973, para cujo concurso apresentou a obra Fenomenologia e Dialéctica. Foi Vice-reitor e Presidente do Conselho Científico da Universidade dos Açores. Foi nomeado professor catedrático da Universidade coimbrã (1981) e jubilou-se a 27.04.1990.

100 S joaquim-de-carvalho CopyJoaquim de Carvalho (1892 – 1958) iniciou os seus estudos superiores no curso de Direito que concluiu em 1915, tendo-se formado no ano seguinte em Letras. Nesse mesmo ano inicia-se na docência universitária como assistente, vindo a ser nomeado catedrático de História da Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1919. Lecionou as disciplinas de Filosofia Moderna, Moral, Filosofia Antiga, em ligação às disciplinas de História da Educação e Pedagogia, que lecionou no Curso Normal Superior de Coimbra. Destaque para as suas teses de doutoramento, intitulada António de Gouveia e o Aristotelismo da Renascença, e de apresentação a concurso para o lugar de professor, Leão Hebreu, filósofo: para a história do Platonismo no Renascimento.

joaq-paço-D-Arcos CopyJoaquim Belford Correia da Silva Paço d'Arcos (1908-1979) foi romancista, ensaísta, poeta e dramaturgo. Nascido em Lisboa, viveu em Angola, Macau, Moçambique, Brasil e França, onde escreveu, em 1933, o seu primeiro romance, Herói Derradeiro. De regresso a Lisboa, foi nomeado, em 1936, diretor do Serviço de Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, cargo que manteve até 1961. A partir de 1945, foi diretor da Trans-Zambezia Railway. Foi ainda presidente da Associação Portuguesa de Escritores. A sua obra, de que se destacam os seis volumes de Crónica da Vida Lisboeta (1938-1956), foi amplamente lida, traduzida e reconhecida, quer pela crítica, quer através da atribuição de vários prémios literários.

j-p-bacelar-oliveiraJosé do Patrocínio Bacelar e Oliveira, SJ, (1916 - 1999) entrou no Noviciado da Companhia de Jesus a 13 de Outubro de 1937, em Alpendurada, Entre os Rios. Estudou Filosofia em Braga e Madrid (39-44) e Teologia em Granada, Espanha (44-47). Aqui foi ordenado Sacerdote, a 15 de Julho de 1946. Doutorou-se em Filosofia na Universidade Gregoriana em Roma (47-49), com uma tese intitulada O Homem como Antinomia e Harmonia na Concepção Metafísica de S. Tomás de Aquino. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga da UCP, da qual foi também Diretor (62-68). De 1968 a 1972 foi Vice-Reitor e de 1972 a 1988, durante quatro mandatos seguidos, Reitor da Universidade Católica Portuguesa. Fundador (em 1980), primeiro Presidente da Direção e grande impulsionador da Sociedade Científica da UCP.

julio-fragataJúlio Moreira Fragata (1920 – 1985) ingressou em 1937 na Companhia de Jesus e licenciou-se na Faculdade de Filosofia de Braga, tendo depois lecionado grego e matemática no Curso de Humanidades na Escola Costa Guimarães, de 1945 a 1947. Cursou teologia na Universidade de Innsbruck (1951) e, em 1954, obteve o doutoramento na Universidade Gregoriana de Roma com a tese: A Fenomenologia de Husserl como Fundamento da Filosofia. Desde essa data até à morte a sua atividade cultural desenvolveu-se como professor de História de Filosofia Moderna e Contemporânea na Faculdade de Filosofia de Braga da U.C.P.. Durante alguns anos, depois de 1965, foi Regente da Cadeira de História da Filosofia Moderna na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Maria Manuela Saraiva (1924-1995) foi professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou, em 1947, em Filologia Românica. Licenciou-se em Filosofia, na Universidade de Paris, em 1954, e doutorou-se em Lovaina, em 1963, com uma tese intitulada L'Imagination selon Husserl, publicada em 1970 na coleção «Phaenomenologica» e traduzida para português em 1994. Pertenceu, conjuntamente com António Banha de Andrade, à Direção da revista Filosofia, órgão do Centro de Estudos Escolásticos, entre 1954 e 1957.

Victor Raúl da Costa Matos (1926-1975) doutorou-se em Filosofia, em 1963, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com a dissertação O Acesso à Filosofia Platónica. Foi professor e diretor do Instituto de Estudos Filosóficos da mesma Faculdade. Publicou poesia em diversas revistas literárias e colectâneas, sob o pseudónimo Vítor Matos e Sá. A sua obra poética completa foi reunida, em 2000, no livro A Poesia de Vítor Matos e Sá. A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra instituiu, em sua memória, o «Prémio de Poesia Vitor Matos e Sá».