Os Fundamentos Ontológicos da Experiência Humana
Esta área aborda os fundamentos ontológicos da cognição, da experiência vivida e das emoções entendidas, de uma forma geral, como as prinicpais características do modo de ser humano. A ontologia que irá ser levada a cabo esta área não pretende constituir uma doutrina, no sentido clássico do "ser qua ser", tal como não pretende afirmar-se, no sentido de algumas tendências filosóficas contemporâneas, como uma pura doutrina dos objetos. De certo modo, poderá ser entendida como uma ontologia aplicada.
A reflexão ontológica conduzida por esta área segue prioritariamente os percursos (diferentes, mas não divergentes) de dois fenomenólogos, Edmund Husserl e Michel Henry. Os diferentes modos como se baseiam em tendências ontológicas tradicionais (Platão, Plotino, Pensamento Cristão Medieval, Espinosa, Kant ou Brentano) acompanham o questionamento do valor destas ontologias para a compreensão dos atos intencionais cognitivos e emotivos, do bem e do mal, das relações intersubjetivas, do sofrimento, da morte e da imortalidade. A pesquisa ontológica pode ser conduzida segundo estas linhas sem se envolver em debates sobre o fundacionalismo e as suas possíveis aporias.
Esta área propõe-se ainda seguir uma nova direção na sua orientação ontológica, explorando as possibilidades da filosofia do mundo-da-vida de Edmund Husserl. Como é sabido, esta tem sido considerada como o "caminho ontológico" para introduzir na Fenomenologia. Mais recentemente, tem sido reavaliada criticamente por pensadores como Gadamer, Habermas e Michel Henry. Esta área irá também proceder a uma avaliação desta filosofia do mundo-da-vida de acordo com os seus objetivos gerais.