Filosofia Aplicada
Esta área tem como objetivo promover a investigação sobre os dois âmbitos identificados por Uniacke em A Companion to Applied Philosophy: 1) a Filosofia Aplicada como investigação académica (artigos, conferências, investigação especializada, etc.); 2) a Filosofia Aplicada como intervenção em questões práticas da vida quotidiana (atividades profissionais e sociais, como consultoria, assessoria política e jurídica, comissões, ensino noutras áreas, etc.).A maioria dos investigadores aponta para os anos 70 como a época em que alguns filósofos começaram a institucionalizar a Filosofia Aplicada. Outros consideram que a dimensão aplicada da Filosofia sempre existiu ao longo da história.
Aprofundaremos as sete conceções de Filosofia Aplicada que Stevenson identificou: da relevância, da especificidade, da prática, do ativista, metodológica, dos factos empíricos e da audiência. Alguns dos modelos metodológicos a investigar são: “top-down”, “bottom-up”, equilíbrio reflexivo, experiências de pensamento, perícia/especialização, análise conceptual, pensamento crítico, argumentação, etc. Daremos especial atenção a publicações que utilizem o seguinte formato: apresentação do paradigma teórico, indicação da metodologia utilizada e estudo(s) de caso (ou equivalente). Privilegiaremos o trabalho colaborativo com outras disciplinas científicas que também se dediquem ao estudo de questões com dimensão filosófica. Alguns autores consideram que a existência de divergências científicas pode ser um fator negativo na objetividade e universalidade desejadas. O tópico é ainda mais pertinente para a Filosofia Aplicada. Dos temas/problemas do mundo contemporâneo, considerando a felicidade como finalidade última da vida pessoal e social, questionaremos: será que podemos falar numa “revolução felicitária” a partir dos anos 80? E como explicar o lugar de Portugal no Ranking Mundial de Felicidade da ONU? Será possível melhorar as políticas públicas?.